Respeitável público...

Sou Luciana de nascimento e Luma Carvalho por batismo.
Brinco desde pequena de escrever e de inventar realidades. Sou poeta, professora,mãe de Ícaro e Cauã, namorada (sempre) de Edson e integrante do Grupo Casarão de Poesia. Hoje, e por mais alguns meses, estou em estado de buchudismo, gravidismo... guardo no ventre mais uma surpresinha de chorinhos, xixis, cocôs, cantigas e amor infinito.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

a uma menina muito especial...

Era uma vez uma menina bem menina...


Era uma vez uma menina muito linda e muito calma. Carregava no nome a meninice do mundo inteiro:
era conhecida como maria menina.
Gostava de ir à escola, ajudar sua mãe, fazer as lições de casa e brincar com sua irmãzinha.


Todas as tardes maria menina afrouxava a imaginação e a deixava ganhar outros mundos voando, bem alto.
Nesse instante, chamava sua irmã para brincar de reinventar a vida: costumavam brincar de tudo um pouquinho, mas nada era mais fascinante do que brincar de casinha.
Maria menina assumia logo o posto de cuidadora, a senhorinha da casa, e pronto: lançava-se aos infinitos cuidados e afagos com a sua à irmã mais nova.
Tanto que não tardou em ganhar de sua irmã um outro nome: cumade. Maria menina não gostava muito, mas logo começou a entender que aquele nome era só um jeitinho carinhoso que sua irmã tinha de dizer que a amava. Mas maria menina era curiosa e logo cedo inventou de conhecer outros mundos. Tanto que cresceu loguinho, loguinho.

Virou menina-moça. 
 


Foi aí que maria menina começou a perceber o quanto era bom ter pessoas por perto que a amassem e
que gostassem de receber um pouco daqueles
cuidados e afagos, como sua irmã.

Maria menina viu que precisava conhecer outras pessoas, fazer novos amigos com quem pudesse brincar
e ofertar cuidar.

Deu então pra inventar poesias...


OBS.: (Observe Bastante Sim?!)
Preparei esse texto com muito carinho para contar um pouquinho apenas da história dessa criatura que amo e admiro tanto: Elina Carvalho, irmã, amiga, mãe de uma menina linda, Leilinha , casada com um homem bem especial, Mendes, poeta que fotografa e pinta o cotidiano, assistente social de grande competência e uma mulher dona de muitos encantos e sabedoria..

domingo, 7 de novembro de 2010

Proseando...


Gosto da palavra senhora. Principalmente se for dita por alguém mais velho ou mais velha que eu. De cabelos brancos, então, meu deus...


É como se eu me transportasse para um outro estado de espírito, um outro universo, e uma certeza de si me tomasse por inteira. E aí, finalmente, compreendo dentro dos meus 30 e poucos anos de idade o que tanto teimam alguns em explicar e poucos dedicam-se a entender: não é velho o que ficamos com o tempo. Não.

Ficamos, sim, prontos pra vida. E prontos porque já aprendemos a esperar e a entender porque o agora é chamado de presente.


Ficamos mais livres de todas as amarras que a juventude nos impõe e nem precisamos mais gritar, berrar aos quatro cantos a nossa liberdade, porque ela existe, é real - e isso basta.


Ficamos mais abertos, inclusive ao novo, e se esse mesmo novo não nos atrai, somos tranquilos em simplesmente deixá-lo passar.


Ah! Como gosto da palavra senhora. Muito.
Sou sim, senhora. Sim senhora!
Mas, senhora de mim.




terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ah... Tenho orgulho de ser brasileira!

Peço licença para escrever rapidinho sobre um fato que, na minha opinião, não há como não ser percebido, comentado e festejado...



Mirem-se no exemplo daquelas mulheres que sonham...

Ah! Os mais radicais, ou esquerdistas, ou mesmo os que não estão nem aí para os novos fatos acontecidos no Brasil que me perdoem, mas ver uma mulher eleita presidente da república brasileira me enche de orgulho, sabia?

Ah, sei lá, é como se tudo agora ganhasse uma nova cara, uma certa nuance de suavidade e ao mesmo tempo firmeza.

O quê? Se eu sou feminista e por isso estou assim toda feliz por ver que o Brasil será governado por uma mulher? Não. Não é isso.

Sou simplesmente mais uma mulher que enche as estatísticas brasileiras de números, mas que também preenche o nosso país, ao lado de tantas outras mulheres, da certeza de que vale a pena vir ao mundo e dizer quem é. Sou também uma mulher, assim como muitas outras, que luta pelo meu espaço, minha voz, minha vez, mesmo que esse espaço, essa voz, essa vez, seja dentro da minha própria casa.

Ah! Sabe de uma coisa. Sou, não simplesmente, mas inteiramente e verdadeiramente, uma mulher que sonha com um mundo melhor e que espera que esse passo tão gigantesco dado pelo povo brasileiro no último domingo, um povo ainda tão machista, seja mais uma prova de que o Brasil está no caminho certo e que será um lugar bem melhor pra se viver. Um país com mais oportunidade e menos preconceito.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Só um jeitinho bem meu de lhes dizer quem sou eu...

Trecho do livro escrito por Luma Carvalho "Era uma vez Era uma vez" ilustrado por Maria José)
Era uma vez a menina avoada. A menina avoada era assim chamada por todos no lugarzinho onde morava porque, desde sempre, quando ainda era bem pequena, era dada às esquisitices.
Gostava de gatos, palavras, lua, rimas, baú e bigodes.

Em dias de chuva, sentia uma vontade meio esquisita de voar pelo afora e como não podia satisfazia-se em ouvir o canto dos passarinhos, soltar pipa, e ouvir os discos que sua mãe colocava na vitrola.

É que a menina sentia um sabor de saudade em tudo o que a rodeava. Até pra escola a menina carregava saudades!
Tanto que foi baú a primeira palvrinha que escreveu.


Euzinha, aos 05 anos na pré- escola
A menina avoada foi crescendo e a saudade teimava em estar presente em todos os espaços que ela frequentava. Foi aí que um dia a menina deu de cara com umas palavras que a tomaram por inteiro.
Palavras. Palavras, apenas. Mas escritas de um jeito especial.
Quanto mais a menina lia, mais sentia vontade de voar. É, de voar pelo afora.
E foi então que a menina avoada descobriu que tudo aquilo se chamava POESIA.

Primeira vez que li Mário Quintana (O adolescente), aos 13 anos, em uma avaliação de Língua Portuguesa

A menina avoada descobriu que não podia mais viver sem poesia em suas horas. E assim, saiu pelo mundo afora em busca de poesia.
Começou a ver poesia em coisas tão simples e que estavam bem perto dela: na beleza do sol que nasce, no cheiro do café que a mãe preparava, no rabo dançante do cachorro feliz, no cheiro dos livros novos... ah! e em tantas coisas mais.


Aqui, aos 13 anos, em um Festival de Violeiros em Campina Grande - PB
ao lado do grande mestre Ivanildo Vilanova

Procurou poesia nas rimas tão bem pensadas e desafiadoras dos violeiros repentistas.

Aos 15 anos ao lado do grande Sivuca

Na beleza das canções e de todas as suas belas notas.
E de tanto caminhar pelo mundo procurando por ela, pela poesia,
conheceu outras pessoas, bem especiais, que assim como a menina avoada também procuravam pela poesia em cada instante de vida.

Grupo Casarão de Poesia no comecinho... ixi! Aí já estava nascendo uma linda história

E ao lado dessas pessoas tão especiais continou a seguir por esta vida carregados da certeza que

"a poesia purifica a alma e um belo poema, ainda que de deus se aparte",
um belo poema sempre leva a deus"

Casarão de Poesia em apresentação da performance "e o que é a Poesia?" na Aliança Francesa

Luma apresentando a 1ª versão da performance "e o que é a Poesia?"

Luma recitando versos apaixonados em uma Noite de Poesia no Casarão de Poesia

Luma ao lado da poeta Iara Carvalho

Interpretação de Luma Carvalho do conto "Gargalhada d'água" de Iara Carvalho

Casarão de Poesia ao lado de Cleyton Bastos (Cordel do Fogo Encantado)

Bum! Bum! Bum! Castelo Rá tim bum! Luma ao lado de Sérgio Mamberti

Luma ao lado da maravilhosa Krystal

Luma Carvalho e o cantor Geraldo Carvalho (esses Carvalho...)

Olha só, Wescley e eu juntos de Dorian Gray Caldas

Sei que haverá quem diga: "Mas que menina exibida! Egocêntrica.
Ah... mas é mesmo só uma vontadezinha de falar um pouquinho de mim, tá?
E a quem pensar assim, eu respondo como um amigo meu sempre dizia: "ôxi! qué que tem?!"
Beijos a todos,
Luma Carvalho